'Quando a injustiça se torna lei, a resistência torna-se dever.'
Na Constituição pode ler-se no artigo 2º que ‘A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, …’ e no parágrafo 1 do artigo 3º: ‘A soberania, una e indivisível, reside no povo, que a exerce segundo as formas previstas na Constituição.’. No artigo 21º ainda se pode ler que, ‘Todos têm o direito de resistir a qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e garantias e de repelir pela força qualquer agressão, quando não seja possível recorrer à autoridade pública.’
Podemos frequentemente observar um constante desrespeito do parágrafo 1 do artigo 3º, a soberania não reside, como previsto, no povo, mas nos bancos, nas empresas, nos media e nos políticos que impõem os seus interesses comuns contra a vontade do povo. A sua autoridade sobre a vida das pessoas está a crescer graças à estrutura do sistema monetário enquanto o Estado está a afundar-se sistematicamente em mais dívidas.
Os trabalhadores produtivos têm que gerar cada vez mais juros, pensões, subsídios, provisões e comissões para os outros através de crescentes impostos e taxas de juros. Sem ‘qualquer alternativa’ centenas de bilhões de euros são roubados ao contribuinte pelos bancos "sistemicamente importantes". A maioria dos políticos e jornalistas só age como fantoches dos ricaços. Estes decidem criar as leis e as opiniões, para as quais são pagos.
O governo dá o dinheiro dos cidadãos e despoja o povo. "Dívida pública", juros e impostos não param de subir e, atualmente ultrapassam os limites do que seria executável num Estado de Direito. Agora, os direitos fundamentais e a ordem constitucional estão a ser, passo a passo, eliminados.
A mentira sobre as dívidas
"As dívidas de hoje são os impostos de amanhã", afirma o chamado "grupo dos contribuintes", apoiando assim os políticos quando estes tencionam, mais uma vez, aumentar os impostos e as taxas, porque "as futuras gerações teriam, de outro modo, que pagar ainda mais dívidas..." Dá para acreditar nisto? Gerações inteiras vão ficar endividadas? A geração, o Estado - somos todos nós! A quem devemos, então, essas dívidas - a outras gerações? A outros estados? Não pode ser, porque esses também já estão enterrados até ao pescoço com dívidas.
"O Estado deve pagar a dívida, caso contrário, não poderá pedir mais dinheiro a ninguém", dizem todos aqueles que foram informados em conformidade com o sistema. Mas para quê é que deve um Estado pedir dinheiro emprestado, quando ele próprio poderia ter soberania sobre a sua moeda? Para não haver inflação? Nós não a temos na mesma? Quem é que criou o dinheiro que foi emprestado ao Estado, e lucra com todos os juros? Os políticos representam os interesses de quem, sem nunca questionarem o sistema monetário? A quem é que eles se subjugam, quando introduzem mais e mais impostos para combater os encargos com juros que crescem a um ritmo vertiginoso?
Os pacotes de resgate vindos dos bancos revelaram a verdadeira face do nosso sistema financeiro. Os bancos precisam de dinheiro, o Estado dá. Mas o próprio Estado não o tem, por isso pede aos bancos. Mas de onde é que estes foram buscar repentinamente o dinheiro para ceder empréstimos ao Estado? Bancos não emprestam o dinheiro existente, - mas muita gente assim o crê - não, eles geram o mesmo, dando crédito. Assim cria-se o que hoje chamamos de "dinheiro" – através da dívida.
O reembolso do sistema da dívida é impossível.
O crescimento da dívida e da carga tributária é definido pelo sistema. O dinheiro é criado apenas pelo fato dos bancos centrais e comerciais o emprestarem. A quantidade total de dinheiro foi somente emprestada ao Estado, às empresas e aos cidadãos. Teoricamente, cada euro devia ser reembolsado. Após o reembolso de todas as dívidas, não haveria mais dinheiro.
Tecnologia, conhecimento, bens e serviços não faltam. Não é a quantidade de dinheiro que é crucial para a prosperidade de uma sociedade, mas apenas os frutos do trabalho, e esses nunca foram tão abundantes como hoje. A única pergunta é porquê é que as pessoas, que geram tudo mas ao mesmo tempo usufruem cada vez menos, se deixam iludir por políticos e pelos média para trabalhar mais recebendo salários menores? A resposta reside no nosso sistema monetário e fiscal e na estrutura de poder daí resultante.
Thomas Jefferson, o terceiro presidente dos Estados Unidos da América no período compreendido entre 1801 e 1809, disse na época: "Um banco privado emissor central de pagamentos é para as liberdades das pessoas um maior risco do que um exército permanente."
Embora todo mundo tenha a ver com dinheiro, apenas muito poucos sabem o que o dinheiro realmente é e como entra em circulação. No entanto, não é tão complexo como muita gente pensa. A essência é rapidamente explicada e fácil de compreender, nomeadamente a criação de dinheiro e o efeito cumulativo. Apenas estes dois mecanismos fazem com que toda a riqueza nacional seja redistribuída lenta mas seguramente aos fabricantes deste dinheiro gerado sem esforço, e aos proprietários do reservatório de capital.
O sistema monetário é um truque de prestidigitação.
A ideia inicial do dinheiro como um meio de troca é uma invenção muito útil. A questão que se coloca é quem introduziu o dinheiro e como este surge e como entra em circulação. Dinheiro nem sempre existiu. E também não foi inventado pelo Estado, pois de outra forma não estariam todos em dívida. Quando falamos do banco central já nos aproximamos um pouco mais da origem, mas mesmo este é somente responsável por apenas uma mínima fração da soma monetária.
Tudo o que um banco comercial necessita para a concessão de empréstimos no montante de 100.000 € é uma reserva no valor de 2.000 €. Este efeito multiplicador é criado pelo rácio de reserva de 2%. Os bancos, portanto, têm o privilégio de emprestar "dinheiro" gerado pelos próprios, exigir juros e uma garantia de reembolso ou e hipoteca, na ausência de valores reais do aparelho responsável do Estado.
Este privilégio dos bancos é tão crucial para a compreensão do nosso sistema financeiro, económico e social que será novamente explicado com um exemplo:
[Exemplo] Um banco concede um empréstimo de 100.000 € com juros de 5% para o financiamento parcial de uma casa. Para manter este exemplo claro, contamos com uma recuperação monetária completa após um ano e partimos do princípio que o banco dispõe de uma reserva mínima de 2.000 €:
Na concessão de crédito o banco passa, vindo do nada, 100.000€ para a conta do devedor. Em troca, o banco ganha o direito de hipotecar a casa do devedor no caso deste não conseguir pagar o crédito mais juros.
Se o proprietário da casa conseguir pagar os € 100.000, então o dinheiro do empréstimo gerado desaparece, e a oferta de moeda encolhe. O problema reside no facto do devedor ter que apossar-se de mais 5.000 € para os juros. Mas para isso precisa de uma parte da oferta de dinheiro, que é trazida da mesma maneira em circulação e por outros devedores. Mas se todos quisessem pagar as suas dívidas, é quase garantido que alguém, no fim, não terá dinheiro para pagar os juros. [Fim do exemplo]
Os defensores deste método de criação de dinheiro apontam, com razão, para o facto de que o dinheiro colocado em movimento pelos bancos é novamente retirado de circulação após o pagamento da dívida. Mas por causa dos juros tem-se pagar sempre mais do que a quantia que foi emprestada inicialmente. No caso de alguém querer pagar as suas dívidas, juros inclusive, tem que haver outros que tenham ainda mais dívidas. Este papel pode ser assumido pelo Estado.
Em contrapartida, também se defende que os juros pagos voltam a fluir para o ciclo económico na forma de salários ou bónus para funcionários do banco e para acionistas através de dividendos. Mas isto só é parcialmente verdade. Com certeza, a maior parte da atual taxa de juros vai para onde a maioria do capital está concentrada. Quem tiver anualmente uma liquidação de milhares, geralmente não o gasta na totalidade para o seu sustento. Em vez disso, estas quantidades só poderão voltar em circulação económica através de empréstimos com juros, o que pode, então, rapidamente aumentar o reservatório de capital de um lado e o do endividamento por outro lado.
Agora é também claro por que razão o mundo inteiro parece estar a afundar-se em dívidas: a quantidade total de dinheiro gerou-se com uma obrigação de reembolso, mas agora acumula-se por causa do sistema de taxa de juros com os detentores de grandes concentrações de capital. Na eventualidade de todos os estados, empresas e indivíduos pretenderem pagar suas dívidas, eles teriam que, primeiro, chegar a este dinheiro acumulado. Mas mesmo se o conseguissem, no final ainda permaneceriam os juros devidos.
Um reembolso de todos os empréstimos e a quantia de dinheiro daí resultante não pode e não deve ser possível neste sistema, porque então não haveria mais dinheiro. Qualquer conta bancária, fundo ou caixa estaria vazio. A economia entraria em colapso.
Em vez disso, crescem velozmente ativos, passivos e despesas com juros. Este efeito não é apenas teoria, mas um facto, e pode ser facilmente reconhecido a partir do crescimento exponencial do desenvolvimento da dívida nacional de vários países.
Neste ciclo vicioso de expansão de crédito, a economia tem que crescer constantemente e, pelo menos, ao mesmo ritmo que o monte de dinheiro e de dívidas, uma vez que as dívidas adicionais têm que ser cobertas por garantias adicionais. O resultado desta bola de neve é uma mania de crescimento cada vez mais acelerada. Para servir este mecanismo, mais e mais edifícios, máquinas, carros, navios, etc têm que ser produzidos a crédito. Quando a economia parar de crescer, prevê-se ondas de falência, mas sem emergência tangível. No sistema global só faltará apenas o dinheiro para os juros.
Insolvências no sistema financeiro são inevitáveis – é garantido que elas atinjam alguém. Por isso, os bancos precisam sempre de "segurança", porque é essa ‘’segurança’’ que leva à hipoteca de uma parcela. E é desta forma que os bancos acumulam mais e mais valores reais, embora nunca tenham emprestado qualquer coisa real. "A banca ganha sempre." Esse velho truque de prestidigitação baseia-se na matemática simples e não funciona apenas no casino, mas é o alicerce de todo o nosso sistema financeiro.
Desapropriação rastejante por juros para dinheiro vindo do nada
O reembolso da chamada "dívida nacional", que na realidade não é nada mais que um endividamento do sistema, nunca foi intencionado ou nunca esteve previsto no sistema financeiro.
O endividamento do governo, de empresas e de famílias foi necessário para fazer circular o dinheiro emprestado e gerado sem esforço. Se o Estado quisesse reduzir a sua parcela da dívida, teria que rever o dinheiro colocado em circulação, acrescido de juros, ou outros teriam que se endividar na mesma medida.
Teoricamente alguns participantes do sistema conseguem desendividar-se, mas somente à custa de outros que teriam, em seguida, que carregar com mais dívidas. Todos juntos nunca poderiam libertar-se das dívidas - não importa o esforço feito – e, do ponto de vista dos operadores do sistema, também não o devem. O objetivo dessa dívida é a taxa de juros, para a qual o contribuinte e pagador de taxas deve trabalhar cada vez mais e deixar-se igualmente explorar. Juros e impostos são a força impulsora para a redistribuição do trabalhador até ao rico.
Políticos e economistas dizem constantemente que o crescimento da dívida pública não constitui um problema, já que a economia também cresce. Mas a economia não pode crescer de forma contínua, e com esta argumentação contorna-se acrobaticamente o cerne da questão. Não se dá resposta à questão crucial do ter que pagar juros quando numa economia há dinheiro em circulação.
A questão relativa aos juros tem de facto algo a ver com a economia, mas é essencialmente uma questão de poder. As taxas de juros só podem ser exigidas quando alguém é poderoso suficiente para as mesmas. Elas trazem sistematicamente uma concentração mais rápida do poder entre aqueles que exigem, através do sistema de juros, mais e mais das pessoas que trabalham. E do facto que até mesmo os Estados terem que pagar juros, só podemos deduzir que existem forças mais poderosas do que os estados.
Há décadas que a estrutura deste sistema leva, com inevitabilidade matemática, a uma expropriação rasteira dos povos através da finança alta. O empréstimo sempre foi apenas cedido em dinheiro, mas a sua devolução é consumada com terras, águas, estações de energia, linhas telefónicas, saúde, correios, serviço ferroviário, estradas, edifícios e por aí diante. A infra-estrutura completa e a nossa mão-de-obra, tal como a dos nossos descendentes irão, forçosamente, e sem uma real troca, para as mãos dos que têm o poder sobre o dinheiro. Os economistas gostam de chamar essa expropriação de "privatização" (latim: privare =roubar).
Em toda a história europeia ainda nenhum "representante do povo" reconhecera essa relação. E certamente nenhum deles jamais fez algo a esse respeito, embora precisamente isso faça parte dos seus deveres. De acordo com o juramento feito durante a tomada de posse, deviam canalizar as suas forças para o bem-estar do povo, valorizar os seus feitos e protegê-los do mal. Mas mais sobre isso mais tarde...
Estes poucos factos são o núcleo de todos os problemas económicos e sociais. Todos aqueles que são politicamente ativos, ou que se descrevem como economistas, deviam primeiramente entender esse conceito básico, que, sejamos realistas, não é muito difícil de perceber. Apenas para aqueles que estudaram economia, isto é um pouco mais difícil no início, porque as teorias oficiais, cegam a visão para o essencial, nomeadamente para a criação de dinheiro e do efeito de capitalização.
As taxas de juros podem ser justificadas como prémio de risco e o preço para o empréstimo de capital. Mas no nosso sistema bancário moderno emergem juros para a contratação de nada. Apenas para um Estado fazer circular uma moeda, entram os juros em cena. Isso cria uma armadilha artificial de dívidas para todos aqueles que têm muito pouco capital. E a tentativa de ganhar o capital necessário através de trabalho honesto, é sufocada pelos juros, tal como pelo sistema fiscal poderoso que penaliza o esforço.
A quota dos juros nas despesas do dia-a-dia situa-se já nos 40 por cento. Esta carga de juros reside principalmente na renda, mas também em impostos e taxas. Também aumenta todos os preços, porque todas as pessoas estão envolvidas na cadeia de produção de valor, e os seus custos de juros devem ser incluídos nos preços finais.
Uma família pequena, que gasta cerca de 20.000 € por ano para despesas diárias, paga impostos de mais ou menos 40%, o que dá cerca de 8.000 € juros camuflados. São precisamente estas pessoas que, ironicamente, acreditam beneficiar do sistema de taxa de juros, porque se tiverem, por exemplo, 100.000 € numa conta poupança, no final do ano alegram-se com os juros recebidos. No entanto, os juros já pagos podem ser menos óbvios para a maioria das pessoas e são ignorados.
Quando até famílias com hábitos modestos, mas sem dívidas, são obrigados a pagar 8,000 euros de juros, não é de estranhar que mais e mais pessoas recorrem a assistências financeiras do Estado, ou seja ao contribuinte, na eventualidade de não poder pagar essa carga. O departamento das finanças - a marioneta dos bancos - em seguida, tira o dinheiro dos contribuintes, para temporariamente redirecionar uma parte deste para os necessitados. De lá, 40 por cento correm como tributo em forma de pagamento de juros camuflados para o capital. Contribuintes e necessitados não devem deixar o lema "divide e reina" colocar uns contra os outros. Ambos os grupos estão no mesmo barco. Os seus adversários são os bancos e políticos que distribuem, em nome do poder monetário, as fortunas do mais trabalhador ao mais rico, numa forma espiral.
Somente a partir de um património de mais ou menos meio milhão de euros, aplicado de forma rentável, recebe-se, após dedução de impostos e inflação, um retorno anual sobre o capital da mesma magnitude que a taxa de juros anual. A partir deste patamar chega-se ao fim do pagamento de juros. Mas quem possuir ainda mais capital, torna-se recebedor em vez de pagador da taxa líquida - mas, infelizmente, à custa dos outros.
Viver acima da faixa crítica de capital é muito mais fácil. Quanto mais tempo uma pessoa viver abaixo de um certo limiar, mais juros tem que resgatar para os outros, mesmo sem nunca se ter endividado. Esta é uma forma escondida daquilo que sempre existiu em todas as culturas humanas: a escravatura. E o resgatar de juros através de trabalho torna-se cada vez difícil, porque está condicionado ao sistema.
Quem não gostaria de "deixar o seu dinheiro trabalhar para si"? Mas o dinheiro não pode trabalhar. São sempre pessoas que trabalham para os juros. Todos aqueles que fazem o seu dinheiro trabalhar em nome do seu interesse, na realidade, deixam outras pessoas trabalharem para eles e não apenas aqueles que já se auto-endividaram, mas todos aqueles que têm muito pouco capital.
Isto é assim no nosso sistema monetário, juntamente com o endividamento forçado e os juros compostos. Para ganhar dinheiro, precisa-se de uma só coisa: dinheiro. É muito mais fácil duplicar um bilhão, do que pagar a sua própria casa com trabalho honesto. Quem tem um bilhão pode, só com os juros e livre de inflação, comprar 50 casas por ano, sem ter que mexer um dedo, e sem gastar o seu dinheiro. Aqueles que vêm ao mundo sem dinheiro passam a andar em círculos. E devido ao ‘stresse’ na nossa sociedade veloz, nem sequer há tempo para pensar sobre o assunto.
Nós temos um sistema monetário feudal.
Mesmo a Revolução Francesa não mudou nada. Esta foi, no fundo, apenas uma mudança de sistema, que substituiu a ineficiente e pessoal sujeição por um estado moderno de escravos. Mesmo os estados comunistas roubaram aos seus, por si geridos, povos bens e serviços, para oferecer estes, em forma de juros, à alta-roda financeira internacional. E mesmo os nacional-socialistas, que tinham iniciado a quebrar a escravidão dos juros, quebraram as suas promessas depois de 1933.
Uma vez que os estados também financiam a comunidade com parte dos dinheiros roubados aos seus cidadãos, muitos acreditam que o Estado foi criado por eles e que este está ao serviço dos seus interesses. Se as pessoas percebessem quem é que realmente é o criador, proprietário e orientador dos estados, então este sistema provavelmente não tinha pernas para andar, a não ser que vivessemos numa ditadura.
O modelo dos estados de escravo, que são controlados pela alta-roda financeira internacional para gerir a responsabilidade dos respectivos povos subjugados ao estado, já foi adotado em todo o mundo. Mesmo o colonialismo poderia ser substituído pela escravidão dos juros.
O grande poeta e filósofo Johann Wolfgang von Goethe já reconheceu na sua época: "Ninguém é mais escravo do que aquele que se considera livre sem o ser."
Enquanto os senhores feudais em culturas anteriores ainda se tinham que preocupar com revoltas de escravos, porque seus súbditos não queriam trabalhar, o escravo moderno revolta-se porque não tem trabalho. Isto deve-se à nova forma externa da escravatura. Hoje essa subjugação é tão subtil que quase ninguém tem consciência de sua vida cativa, porque no nosso sistema moderno, não há distinção pessoal entre escravos e senhores. Este papel é agora desempenhado pelo sistema monetário e fiscal, e os feitores dos escravos são os bancos e a maquinaria do Estado.
Aos irmãos Rothschild, que desempenharam um papel importante no domínio financeiro global no século XIX, é atribuída a seguinte citação: "Os poucos que entendem o sistema estão tão interessados nos seus lucros ou tão dependentes dos seus méritos, que nunca formariam uma oposição. Mas a grande massa de pessoas, incapaz de compreender, suporta a sua carga sem queixume, e talvez até mesmo sem nunca suspeitar que o sistema está a trabalhar contra eles."
A grande camada da população de hoje vive deveras na escravatura. Isto não é uma comparação, mas sim, uma realidade. Aqueles que têm muito pouco capital têm que trabalhar permanentemente no duro para pagar a renda, os juros e os impostos, mesmo sem nunca terem pedido um empréstimo. O rendimento flui principalmente para os senhores feudais. E esses usam este mesmo dinheiro para fazer dos escravos gato-sapato, que lhes fornecem produtos e serviços para uma vida sem trabalho, em excesso e decadência.
Taxa de imposto real: mais de 85%
Os políticos são espertos quando se trata de esconder de forma eficaz a sobrecarga da mão–de-obra produtiva. Quem é que está em condições de calcular sua própria dedução, incluindo todos os juros visíveis e invisíveis, impostos, contribuições sociais, multas e taxas? Não é possível. A equação tem incógnitas a mais.
Mais simples e no entanto mais preciso do que uma tentativa de um cálculo é comparar apenas os resultados visíveis: um trabalhador assalariado tem que trabalhar cerca de um dia para conseguir pagar apenas uma hora de trabalho de um outro trabalhador dependente, com o dinheiro que recebe já com descontos. Isto corresponde a uma relação entre o que se ganha e o que se recebe de 7 a 8 para 1, ou seja, uma carga tributária de mais de 85%.
Formação para escravo do sistema
Enquanto, por um lado, os juros e os impostos sobem mais depressa devido ao sistema, por outro lado, há cada vez menos pessoas que podem realizar o trabalho necessário. O sistema requer reabastecimento, e rápido!
A inscrição escolar decorre cada vez mais cedo, o tempo no liceu é encurtado, os estudantes de bacharelatos e mestrados são chicoteados pelas universidades a uma velocidade vertiginosa e as escolas, tal como as formações, ganharam um caráter mecânico. Muitos jovens reclamam que não tiveram tempo de se apaixonar - e agora sabemos o porquê. O jovem deve ser colocado, o mais rápido possível, à disposição no mercado escravista denominado ‘mercado de trabalho’. Por isso, ele tem que se acostumar, desde tenra idade, a servir o sistema desde o amanhecer até à madrugada e, para além disso, considerar isso normal.
As propinas, a parcela de juros do arrendamento e outras despesas do dia-a-dia têm logo duas funções: aumentam a pressão do tempo sobre os estudantes e muitas vezes atraem estes para a armadilha das dívidas, para se tornarem futuramente escravos ainda mais dóceis. Através destas práticas os jovens escravos também habituam-se logo a agradecer o facto de poderem trabalhar de graça.
Uma vez aprendido o trabalho, aproximam-se imediatamente os parasitas financeiros para enriquecerem dos frutos do trabalho honesto com seguros de vida, planos de poupança e pensões. Os políticos gostam de criar a base legal para estes modelos de fraude, porque eles também beneficiam dos lucros daí resultantes. Uma explicação sobre esses contratos restritivos nunca foi dada no caminho da formação.
O que se doutrina às crianças em instituições públicas, serve quase exclusivamente para a preservação do sistema. Contar, escrever, decorar métodos predefinidos e repetir tudo quando exigido. A doutrina oficial sobre ciência, história, política e economia deve ser sabida de cor - é claro que não se deve questionar o conteúdo e os motivos dos autores. Desde o início que não se dá hipótese ao pensamento crítico e independente. Sentar, chumbar!
Retirar os filhos do sistema mecânico chamado escola e ensiná-los algo útil e verdadeiro é, naturalmente, proibido, pelo menos para os escravos. Os filhos devem, obviamente, ser treinados para se tornarem escravos obedientes e rápidos, porque quem mais pode suportar o peso crescente da dívida tal como as pensões? "Crescimento, crescimento, pela Pátria lutar..." poderia ser o slogan do sistema político - "pois o povo serve a economia, e não vice-versa. "
Culturas em extinção
Se, por um lado, há cada vez menos crianças, estes têm a ingrata tarefa de apadrinhar o crescente endividamento. Mas as mulheres devem acompanhar o ciclo interminável dos juros de escravos, em vez de desperdiçar o precioso tempo de trabalho com a casa, as crianças e a preservação da família - pelo menos é o que dizem os responsáveis da emancipação nos media e na política. E desde que foi reconhecido que a família dita clássica desconfia da sociedade consumista e trabalhadora - comprometendo, assim, o crescimento económico - as pessoas solteiras e os casais do mesmo sexo são mais ansiosamente apoiados pelos media e pela política.
O resultado destes desenvolvimentos reflete-se facilmente na taxa de natalidade. E para que, no futuro, haja pessoal suficiente para garantir a prolificação de juros, a preferência vai para o incentivo à imigração e não para o investimento na descendência do próprio povo. Isso não só serve para economizar despesas de educação, mas, acima de tudo, para transformar o povo rebelde e forte numa multidão mista, desunida e, portanto, facilmente controlável.
Infelizmente, é exatamente assim que se deve resumir a política familiar na Europa: emancipação, ausência de descendência e imigração. As famílias inseridas numa sociedade que está ao serviço deste sistema monetário, não são rentáveis. Mais uma vez, perguntamo-nos, que interesses são representados pelos políticos? Também não está bem claro o que vai sobrar do povo de poetas e pensadores daqui a algumas gerações, e se se está a tentar adaptar o povo ao sistema financeiro e económico, em vez de introduzir um sistema que se adapta às pessoas.
Quem, no entanto, se deixar incitar contra as minorias, torna-se um instrumento e está a lutar contra os sintomas e não as causas. Da mistura de grupos de vítimas surgem sempre conflitos. Não devemos ser abusados para as disputas encenadas - especialmente entre cristãos e muçulmanos - enquanto que os agentes do poder esfregam as mãos. O incitamento da disputa entre dos escravos de acordo com o lema "divide e conquista" sempre foi uma das componentes mais importantes de qualquer estratégia de poder.
Tanto na história da cultura cristã como na da islâmica - e em muitas outras - houve momentos em que as pessoas se regiam pela proibição dos juros, estabelecida pela religião. Sendo crente ou não - os antigos estudiosos sabiam muito bem o efeito destrutivo do sistema de taxa de juros sobre as pessoas. Desde que as culturas modernas se abriram novamente para a loucura dos juros, estas também estão condenadas à queda, se não conseguirem libertar-se de forma pacífica.
A luta pelos juros destrói a sociedade.
Um homem sábio certa vez disse: "O ouro é o dinheiro dos reis, a prata o dinheiro dos senhores, a troca é o dinheiro dos agricultores, mas a dívida é o dinheiro dos escravos."
As nossas notas não são dinheiro real. Só são apenas papel, que pode ser utilizado para o pagamento de débitos. Nas notas de dólares pode-se ler, "Esta nota é um meio de pagamento legal para todas as dívidas públicas e privadas." Está lá impresso. No euro, infelizmente, não há nada escrito, mas funciona segundo o mesmo princípio.
Uma vez que todas as notas dos bancos centrais e o dinheiro dos bancos comerciais foram somente emprestados e o dinheiro para todos os juros não existe, surge então a pergunta: com quê é que se deve pagar os juros?
Aqui começa o velho jogo da cadeira: em cada rodada há sempre menos uma cadeira que o número de participantes. Mal os bancos desligam a música, ou seja, quando não cedem mais empréstimos para os juros, as pessoas precisam apossar-se do dinheiro que falta. Este evento é referido pelos economistas como uma "recessão". Mas não importa o quão duro se trabalha ou economiza, todo o montante de dinheiro nunca é suficiente para todos.
Os perdedores que não conseguem endividar-se mais têm que abdicar dos seus bens. Nesta situação, o estado também funcionava como um fantoche dos bancos, porque obriga as pessoas a aceitar o dinheiro do banco como "meio de pagamento legal". E, no final, é ainda a autoridade do Estado que executa a apreensão sistemática em nome dos produtores e distribuidores do dinheiro, para estes chegarem gratuitamente a bens e serviços.
Por um lado, temos a espiral de um débito cada vez maior; por outro, o crescimento imparável da riqueza global. Isso torna a redistribuição do mais trabalhador ao rico através de juros e impostos automaticamente mais dinâmica.
É como no fim de um jogo de Monopólio, quando todas as estradas, os edifícios, as estações ferroviárias, obras hidráulicas e outros bens já estão entregues. Quem não possui nada, agora deve andar em círculos, que é como quem diz: deve trabalhar. Mas o dinheiro que se recebe por passar pela casa ‘Partida’, a renda, não é suficiente para fazer face às despesas - o jogo acabou! No Monopólio seria agora altura ideal para começar de novo. Mas os beneficiários no mundo real não querem parar. Eles preferem oferecer empréstimos adicionais aos perdedores e expandirem o seu aparelho de repressão. Mas as coisas não podem e não vão mudar sem um reinício, nunca mais.
Na luta diária pelos juros a maioria das pessoas está demasiadamente ocupada para ver o erro do sistema. Toda a gente apenas luta pela sua sobrevivência e contra todos os outros. Tempo para se ajudar mutuamente já não há. Com idealismo, moral e trabalho honesto não se vai longe. Pode-se alcançar mais por materialismo, manipulação, mentiras, falsidade e violência.
Aqueles que defendem a moralidade e a ética, ou os idealistas que doam benefícios à sociedade e trabalham honestamente, dificilmente escapam à armadilha dos juros. Mas aqueles que se dedicam ao materialismo e à loucura dos juros, à mentira e à fraude tal como à extorsão de dinheiros, recolhem juros, bonificações, indemnizações, comissões, subsídios, pensões, iates, palácios, carros de serviço, etc., sem qualquer esforço, somente pela venda da sua própria consciência e a das pessoas que depositaram confiança neles. Esta seleção negativa leva lógica e consistentemente à desintegração da sociedade.
Criminalidade e atos de desespero não se acumulam por falta de leis, policiamento e vigilâncias, como os políticos e os media muitas vezes gostam de frisar. Nos bastidores, reconhece-se rapidamente a verdadeira causa: uma sociedade que, sob o peso deste sistema, se revela cada vez mais materialista, infeliz e fria.
O problema do efeito dos juros compostos já é conhecido há milénios. Não admira que a maioria das religiões proibiu os juros. E onde estes existiam, proclamava-se regularmente um ano de perdão, e todas as dívidas desapareciam. A crise atual é causada pela tentativa da presente geração de credores de refutar todo este conhecimento histórico tal como a matemática e retardar o perdão com todos os meios possíveis.
Esta é a verdadeira razão da crise financeira.
Quando as pessoas já não querem ou podem endividar-se por carência de garantias, faltam endividados adicionais ao sistema para sustentar a imparável carga de juros.
Antes da queda vem a fase do fachismo.
Na fase final do sistema tenta-se colmatar esta lacuna de dívidas através do explosivamente crescente endívidamento nacional. Só o Estado ainda é visto como um devedor fiável, porque pode expropriar seus cidadãos pela força e forçar ao serviço em nome da dívida. Alta finança, bancos, empresas e governo reprimem o povo em conjunto. Isto é, por definição, fascismo.
O economista Ludwig von Mises (1881 - 1973) já reconhecia na sua época: "O aparelho de Estado é um instrumento de coerção e opressão. A natureza da atividade do governo é forçar as pessoas através da violência ou da ameaça de utilização de forças para se comportarem de maneira diferente, contrariando a sua natureza."
Após a dedução de impostos, taxas e juros sobra automaticamente cada vez menos para viver. Os limites do que seria exequível numa democracia são, inevitavelmente, excedidos. Segue-se um estado policial.
Os direitos fundamentais são diariamente limitados. Vigilância eletrónica em massa, controles online, escutas em habitações, a abolição do sigilo bancário, o uso do serviço secreto contra os cidadãos, amnistia e recompensas para ladrões de dados e informantes, e muito mais são destinados, e têm sido largamente utilizados, para um propósito central: a cobrança de impostos.
O contínuo desenvolvimento de instrumentos não vai parar sem mais nem menos sem influências externas. Os desenvolvimentos das últimas décadas vão continuar, porque aqueles que detêm o poder nunca irão permitir uma retirada voluntária do poder. Eles querem sempre mais e mais. O desejo pelo poder não conhece limites.
Em vez de desistir do seu sistema, os poderosos ainda vão abolir o dinheiro, porque assim ainda podem espremer mais alguma coisa dos seus súbditos e ganhar mais algum tempo. Pagamentos e ativos financeiros só serão acessíveis por via electrónica e permitidos pelo governo, detentor de todo o controle. Impostos, multas, taxas e tudo mais necessário, podem então ser retirados diretamente dos indivíduos pagadores de impostos. E quem levantar a crista, vê a sua conta bloqueada – maus tempos para todos os dissidentes e combatentes da resistência...
A revolta é inevitável, porque mais cedo ou mais tarde, as pessoas tomam consciência da sua opressão, e a insatisfação ultrapassa o limite crítico. A partir desta perspectiva, a introdução da censura na internet, a preparação jurística para a intervenção das Forças Armadas a nível nacional, a permissão para atirar em caso de turbulências, introduzida pelo Tratado de Lisboa, são desenvolvimentos alarmantes.
Para tais medidas, é claro, precisa-se de razões que sejam aceitáveis para a maioria da população. A suposta luta contra a pornografia infantil, a criminalidade e o terrorismo, constituem o pretexto perfeito.
No entanto, o terrorismo foi várias vezes encenado. Na história mundial (incêndio do Reichstag) e no presente (9/11), essa encenação já serviu a muitos regimes como justificação para eliminar os direitos civis e para forçar alegados aliados em guerras de defesa, que na realidade, são guerras de agressão.
O estado policial ainda pode manter o sistema vivo por um tempo. Mas essa vida torna-se cada vez mais intolerável para a maioria das pessoas. Mesmo assim, há limites matemáticos a serem alcançados, o mais tardar quando o Estado tem que pagar juros tão altos que o rendimento total do trabalho de todos os cidadãos já não chega.
A permanência nesta fase final sem sentido, que está prestes a ceder devido ao seu erro de construção, depende da capacidade de tolerância das pessoas e da sua vontade de manter artificialmente impostos e juros.
Já há muito tempo se sabe, como se faz a saída. Uma rápida transição para um sistema financeiro e económico sustentável evitaria esta dolorosa etapa final. Ainda assim os políticos agarram-se com todos os meios ao sistema existente, para não perderem os seus privilégios adquiridos. Nem que para isso tenham que enganar e trair o seu próprio povo.
Crescimento económico permanente e destruição regular
Uma vez que todo o dinheiro foi colocado em circulação através de créditos e o dinheiro para os juros só pode ser gerado por novos empréstimos, temos que criar constantemente novos valores para cobrir esses empréstimos. O ritmo da economia deve então crescer mais que o ritmo da carga de juros. Se, uma vez por ano, a produção económica (PIB) "apenas" permanecer a mesma, a qualidade de vida das pessoas devia manter-se igual. Mas por causa dos juros precisamos de crescimento "a todo o custo", pelo menos, é o que dizem os políticos e os meios de comunicação.
Com um crescimento económico anual de 2,8 por cento, por exemplo, a produção económica duplica de 25 em 25 anos. De acordo com estes cálculos, em apenas 150 anos já se deveria ter produzido 64 vezes a quantidade atual de mercadorias - e em apenas 300 anos mais de 4.000 vezes. No entanto, as consequências devastadoras desta função exponencial saltam após cerca de 75 anos à vista. O ciclo de Kondratiev diz que o mais tardar até esse momento a economia não pode crescer tão rapidamente quanto a carga de juros em crescimento exponencial.
Nada na natureza pode crescer sempre exponencialmente. Um tumor cancerígeno cresce exponencialmente, mas somente até o corpo morrer. O crescimento económico é comparável à tentativa do corpo de crescer mais rapidamente que um cancro, a fim de manter a sua percentagem no corpo tão pequena quanto possível.
Mesmo John Maynard Keynes (1883 – 1946), um dos protagonistas do nosso sistema económico, admitiu que isto é definitivamente impossível. No entanto, ele não queria alongar-se sobre o assunto. Sua resposta foi: "A longo prazo estaremos todos mortos." - Depois de nós o dilúvio!
O resultado é a destruição total dos valores criados de dois em dois ou de três em três gerações. Demolição e reconstrução de carros intactos por "prémio de abate" representam somente um início inofensivo. Infelizmente, e do ponto de vista matemático, temos que destruir muito mais para manter este sistema financeiro e económico. Milagres económicos só existem depois de grandes guerras. Após a destruição sem sentido, vem a reconstrução sem sentido. A próxima guerra está pré-programada. Será que tudo isso é necessário para manter a nossa economia e o sistema financeiro, ambos em fase de perecimento? O pleno emprego permanente é impossível e, no fundo, não é necessário. Apenas o nosso sistema financeiro e económico arbitrariamente projetado é que nos obrigam a fazê-lo. A história repete-se - pelo menos enquanto nós nos agarramos a este sistema.
O sistema financeiro atual é tão macabre pois não suporta a criação de valores remanescentes. Inúmeras patentes foram e são compradas por elites estabelecidas, somente para evitar a sua realização e garantir a existência de velhos monopólios. Se, por acaso, alguém descobrir uma cura para doenças lucrativas ou um armazenamento eficiente de energia, estas invenções devem ser mantidas em segredo. Caso contrário, tanto trabalho seria desnecessário e o produto interno encolheria de tal forma que o sistema iria colapsar ainda mais cedo.
Dislate popular ‘O que é social, cria trabalho.’
Bens e serviços não faltam. Menos trabalho e mais tempo de lazer não seriam para a maioria das pessoas um prejuízo, mas sim uma conquista. Só se devia fazer a distribuição dos benefícios com algum sentido, para fazer valer outra vez o trabalho duro.
Quanto tempo teria para a família e cultura, se:
1. não tivesse que trabalhar continuamente para impostos, taxas, rendas e juros?
Os rendimentos são inversamente proporcionais ao benefício produzido pelo povo. O trabalho nas seguintes áreas não gere verdadeira prosperidade:
- sistema financeiro
Num sistema monetário razoável, muitos trabalhos sem sentido poderiam ser apagados sem substituição necessária. Uma sociedade não necessita de milhões de pessoas a preocuparem-se com a manipulação dos outros pela publicidade para produtos que ninguém precisa; de intimidações por chamadas não solicitadas dos callcenters ou visitas inesperadas de vendedores que visam todos arrancar dinheiro dos nossos bolsos por vias fraudulentas. Ao invés de criar formulários, leis, seguros, avisos, venenos e antídotos, licenças de CO2, armas, mentiras e outros absurdos sem sentido que só servem para nos atormentar, podia-se simplesmente aproveitar bem o merecido tempo de lazer e deixar trabalhar a tecnologia criada ao longo dos séculos.
Numa economia de recursos, que não precisa de crescer continuamente para servir os interesses do sistema monetário, as atividades sem sentido são dispensadas - isso é uma coisa boa, porque a sociedade dispensa o trabalho que só serve para criar emprego! O trabalho que não serve para satisfazer as necessidades da humanidade, ou que até causa danos, pode ser excluído se o direito a uma parte do valor dos bens criados continuar garantido.
Infelizmente, esse direito está apenas associado ao trabalho e ao dinheiro, não importa o quão inútil ou até mesmo destrutivo o trabalho subjacente pode ser. Esta é também uma das razões principais para que uma renda base incondicional seja financiável. Mas temos que olhar para além das margens do panorama dos nossos sistemas atuais e não podemos calcular tais soluções em euros. Elas só funcionam com uma moeda que, ao contrário do euro, é posta em circulação sem dívidas e sem cobrança de juros.
Já há muito tempo se sabe, como se faz a saída desta loucura. Uma rápida transição para um sistema financeiro e económico sustentável evitaria esta dolorosa etapa final. Ainda assim os políticos agarram-se com todos os meios ao sistema existente, para não perderem os seus privilégios adquiridos. Nem que para isso tenham que enganar e trair o seu próprio povo.
Teoricamente os sistemas económicos razoáveis já existem há muito tempo. Podia-se, por exemplo, introduzir a economia de mercado, mas essa pode apenas existir se o sistema monetário seguir os mecanismos do mercado livre. Mas essas alternativas não são permitidas pelos beneficiários do sistema instaurado.
Economia planificada capitalista: banco central como Comité Central
Inflação, deflação, o crescimento económico e as crises económicas podem ser centralmente controlados através do sistema monetário. O tipo e a oferta de moeda, o índice das taxas de juros e o crédito não estão sujeitos aos mecanismos do mercado, mas são definidos pelos bancos centrais. Essas instituições, democraticamente não legitimizadas, aos quais quase todos os estados estão ‘’voluntariamente’’ subordinados, definem o valor do dinheiro auto-gerado, emprestando ou retirando o poder de compra aos participantes do mercado monetário, conforme a sua vontade.
Os valores da bolsa e os preços sobem e descem, dependendo do ritmo que o sistema bancário aplica para inundar o sistema com dinheiro novo. Se abrem muito a torneira, os preços e os valores sobem. Se não abrirem tanto, baixam. Uma vez que os bancos centrais e comerciais - e seus donos! - controlam o dinheiro, eles sabem sempre antecipadamente da movimentação dos mercados. Dessa forma, geram lucros confiáveis - e bónus - à custa de pequenos investidores que só sabem tardiamente dos movimentos do mercado.
Mas os operadores do sistema não se importam com o dinheiro. Esse pode ser criado pelos seus próprios bancos. Para eles, dinheiro é apenas uma ferramenta que lhes dá poder e traz uma riqueza de bens e serviços. Com a ajuda do sistema financeiro eles mantêm as pessoas trabalhadoras pobres e endividadas, porque desse modo elas trabalham de forma empenhada e produzem mais valores que lhes são renumerados com notas de impressão barata.
Se metade de todos os bens compreendidos em cada troca - dinheiro – é controlada centralmente em forma, quantidade, valor e prática, então não estamos a falar de uma economia de mercado, mas de uma economia planificada. O comunismo e o capitalismo são os dois lados da mesma moeda. Ambos os sistemas baseiam-se essencialmente na economia planificada e diferem apenas na medida em que, de um lado, há um comité central e, do outro, um banco central.
No entanto, os bancos centrais não são instituições de caridade. Eles são em grande parte propriedade da plutocracia internacional.
Dinheiro rege o mundo – mas quem rege o dinheiro?
Quem tiver o controle sobre o dinheiro de um país, também domina o Estado, mas infelizmente sem ter sido escolhido pelo povo. Não importa se é o capitalismo ou o comunismo a explorar as pessoas. O fator decisivo é apenas se o Estado está subordinado ao banco central ou não.
Na verdade, o Estado nem precisa de estar em dívida e pagar permanentemente juros, porque podia emitir seu próprio dinheiro. Mas supostamente tinha que se evitar a impressão ilimitada de dinheiro por parte do Estado, que só levaria à inflação. Portanto, esse poder foi entregue ao sistema bancário privado, que, desde então, faz exatamente o mesmo, infelizmente não para o público, mas para o seu próprio interesse.
O dinheiro é criado nos bancos centrais e comerciais, cujos proprietários andam todos de mãos dadas. Os senhores do dinheiro têm o poder de criar dinheiro do nada, decidindo quem o recebe e o que deve ser feito para o receber. Eles compram tudo e todos:
- os meios de comunicação para apresentar mentiras e opiniões às pessoas
- os políticos que estabelecem as leis desejadas
- os tribunais, que nunca os condenam
- a polícia que os protege
- os soldados que vão por eles para a guerra
- as armas, com as quais os seus soldados matam.
Se um Estado não tem sua própria moeda e, portanto, necessita constantemente de empréstimos, então está, tal como empresas ou pessoas individuais, dependente de quem dá dinheiro. Um país endividado é sempre determinado por outros. Ele não pode agir no interesse dos seus cidadãos, pois tem que servir os interesses do credor. A autoridade do Estado não reside no povo, conforme já citado do artigo 3, parágrafo 1 da Constituição, mas no supremo poder do dinheiro - na plutocracia.
Um dos mais importantes governantes monetários do seu tempo, Mayer Amschel Rothschild já no século XVIII declarou: "Dêem-me o controle sobre o fornecimento monetário de uma nação, e não me importo quem faz suas leis".
Muitas pessoas ainda hoje acreditam que o chamado dólar americano é uma invenção dos Estados Unidos. Se assim fosse, então este estado não teria dezenas de bilhões de dólares em dívidas. No sistema financeiro internacional, supranacional e privado, até o governo dos EUA não passa de um participante dependente, por estar endividado.
O último presidente dos EUA que intencionava derrubar a Fed chamava-se John Fitzgerald Kennedy. Não é de conhecimento público que a 4 de Junho de 1963 Kennedy assinou uma Ordem Executiva n º. 11 110, um decreto que permitia ao governo dos EUA emitir o seu próprio dinheiro - a Nota dos Estados Unidos - em vez de pagar juros pelas notas da Reserva Federal.
Em 1963 circularam temporariamente notas de dólares de duas origens diferentes. Espécimes originais e ilustrações que demonstram este caso ainda hoje são facilmente encontrados. Eles diferem principalmente pelo logotipo na parte superior central. No dinheiro emitido pelo governo dos EUA lê-se "United States Note". No dinheiro plutocrático da Fed lê-se "Federal Reserve Note".
Segundo dados oficiais, Kennedy foi morto a 22 de Novembro de 1963 pela bala mágica de um indivíduo demente. Bem, os senhores do dinheiro até tiveram sorte, porque o representante e sucessor de Kennedy, Lyndon B. Johnson, suspendeu a Ordem Executiva n º. 11110 no seu primeiro ato oficial. O dinheiro do Estado foi gradualmente retirado de circulação, e desde então mais nenhum presidente dos EUA se meteu na política mais elevada.
Não tem havido somente nos EUA resistência infrutífera contra a plutocracia internacional. Também os estados mais soberanos que não pretendiam submeter-se ao sistema global de dívidas, mas sim tornar o seu próprio sistema financeiro e económico realidade, passaram à história - destruídos e dissimulados por um governo fantoche e isso com a ajuda dos EUA que funcionam como um autómato da alta finança internacional, impondo, pela força, o sistema monetário predominante a muitos estados. Os jovens e ignorantes soldados certamente que não sabiam para que forças eles estavam arriscar as suas vidas.
Os livros oficiais de história editados posteriormente desviam largamente do tema relacionado com o poder monetário, mas todo o resto é, naturalmente, a verdade pura e completa. Caso contrário, estaríamos a abrir a caixa de Pandora, cuja abertura devíamos deixar para aqueles que têm a coragem de violar as leis pertinentes, especialmente se Thomas Jefferson estiver certo com a sua afirmação: "Só mentiras precisam do apoio do poder estatal. A verdade fica por si só em pé."
Na história contemporânea o Iraque, o Afeganistão e a Líbia foram ou estão atualmente a ser democratizados por tropas aliadas, incorporados no sistema mundial de finanças centrado no dólar e, portanto, convertidos em estados-escravos do dinheiro. O Irão e outros "estados vilãos" são, certamente, os próximos. Se os subornos, as sanções económicas e as operações secretas falharem ou as pessoas se mostrarem resistentes à propaganda ocidental e/ ou à lavagem cerebral à moda de Hollywood – que é como quem diz, as revoluções desejados não brotam – então muito provavelmente irão ocorrer novamente grandes ataques terroristas, ou um ditador terrivelmente cruel irá novamente ameaçar o "mundo livre", para se poder, então, justificar as próximas guerras. A história repete-se - pelo menos enquanto o sistema financeiro governar o mundo.
Todas as instituições monetárias sobrenacionais – o FMI, o BIS, o Banco Mundial e os bancos centrais – encontram-se em mãos privadas. O facto de não haver dinheiro estatal, mas sim dinheiro privado é axiomático porque de outro modo os estados não estariam endividados. Neste sistema os estados são meras divisões da plutocracia, marionetas dos banqueiros privados internacionais, que, com os seus braços armados, forçam os povos a usar dinheiros privados como "meios de pagamentos legais" e os outros povos, que não querem deixar subordinar-se, a submeter-se pela força.
Os meios de comunicação como instrumento do poder
Na verdade, o dinheiro rege o mundo, mas não sem a ajuda dos meios de comunicação. Mas, uma vez que os fabricantes do dinheiro dispõem de recursos financeiros ilimitados, provavelmente não terão tido grandes dificuldades em tomar as rédeas de todos os meios de comunicação intensamente capitalista - televisão, rádio e imprensa - e depois moldar a "opinião pública" a seu gosto.
Todos os grupos relevantes dos media estão nas mãos de algumas individualidades que não estão sob o olhar do público e cujos nomes não são encontrados na comunicação social. Mesmo a comunicação social dita pública não pertence aos cidadãos, enquanto o Estado estiver em dívida com determinados credores. Sobre os valores e os interesses dos proprietários dos media, como consumidor, só se pode fazer especulações – isto é, se o pensamento de alguém chegar até tão longe.
Como em qualquer outra empresa, nos meios de comunicação privados e estatais reinam estruturas hierárquicas. Cada jornalista tem o seu superior, que por sua vez, recebe as instruções do nível superior seguinte. Cada repórter, pivôt de notícias, apresentador, "celebridade", chefe, editor-chefe e assim por diante depende do seu trabalho e, portanto, tem que seguir as diretrizes vindas de cima. "Quem paga, manda." Mesmo o CEO de um grupo dos media é apenas um número pequeno em comparação com o proprietário. Quem der um passo em falso é silenciado ou despedido.
Muita gente boa acredita no relato oficial dos acontecimentos de 11 de Setembro de 2001 porque simplesmente não conseguem imaginar que os jornalistas mentem e que não haja um único que desembuche. Que imaginação tão ingénua! Não é de todo necessário que todos os jornalistas pertençam à tal conspiração. A maioria deles nem questiona as notícias das agências que lhes são impostas para ler ou copiar. E os jornalistas de investigação que têm o caráter, a auto-confiança e a coragem para levantar-se contra a corrente dominante, são raros e maioritariamente desempregados, ou simplesmente inaudíveis. Tal como na política, no jornalismo apenas os elementos mais desonestos, astutos e hipócritas e sem caráter chegam ao topo. Também aqui vale a regra:
- Quem é sábio e honesto, é despedido ou sai de livre vontade.
- Quem é o sábio e astuto, acompanha o jogo e sobe.
- Quem é ingénuo e obediente, ganha os seus tostões nos níveis mais baixos.
A psicologia das massas é perfeitamente dominada pelos criadores do "público". Todas as pessoas são manipuláveis. Contra os métodos profissionais da manipulação o cérebro é praticamente indefeso. Mesmo os mais duros pensam mais cedo ou mais tarde nas mensagens mais absurdas quando estas são sofisticadamente embaladas e inumeras vezes repetidas. Apesar de serem apenas diferentes, muitos até começam a duvidar da sua própria capacidade mental, quando toda a gente parece acreditar em certas coisas e segui-las. Grupos pequenos como a cientologia nem sonham com uma lavagem cerebral destas dimensões globais. Nem mesmo a Igreja Católica consegue acompanhar este fenómeno.
Métodos similares usados em publicidade são claramente aplicados para formar opiniões. A sua artilharia mais pesada é o "debate público", no qual, obviamente, só estão presentes os representantes dos partidos do sistema e os da suposta oposição ou estes constituem a clara maioria. O espetador fica com a impressão que o grupo social ao qual pertence chega a uma opinião comum numa reunião à qual ele assistiu. Ele não pode mesmo contribuir para a discussão e fica surpreendido porque a sua opinião parece diferir da visualizada mas passado pouco tempo já se identifica com a opinião pública. A pressão de conformidade faz o seu efeito, e por norma, o espetador junta-se à suposta opinião da maioria.
Essa realidade virtual fica completa com os resultados obtidos nos inquéritos dos "prestigiosos" institutos de opinião pública e estatística. Regularmente somos elucidados sobre a popularidade de alguns políticos ou sobre a opinião do povo relativamente a questões aparentemente importantes. A publicação serve apenas para originar o juízo desejado.
Milhões de pessoas estão permanentemente sujeitos a esta ilusão e, assim, fazem sua própria contribuição involuntária para a manutenção da ilusão em geral. Declarações questionáveis por parte de políticos e dos media levam a um efeito que, em psicologia social, é conhecido por "ignorância pluralística". Quando as pessoas se sentem inseguras na avaliação de uma situação, elas tendem para observar o comportamento das outras pessoas. Mas estas pessoas observadas estão no mesmo estado de choque, e não reagem, o que por sua vez encoraja para também não responder.
Por vezes, uma ponta de verdade vem à tona, mas esta dilui-se imediatamente na gigante e repetitiva torrente de informação dos meios de comunicação.
Assim, o rebanho pode ser dirigido para qualquer direcção. A mentira sobre a dívida, al-Qaeda, os surtos de gripe, a vigarice sobre o clima e por aí adiante são apenas algumas peças do gigante Lego de mentiras no qual a maioria das pessoas ainda vive. Toda a história do mundo merece ser questionada e estudada mais a fundo. O caminho mais rápido para chegar mais perto da verdade, é simplesmente pensar no exato oposto da opinião publicada. Melhor ainda é investigar mais profundamente, porque então aí passa-se por uma interessante jornada de reconhecimento, pois já o lema de Georg Christoph Lichtenberg era: "O que todos mantêm por certo, mais merece ser investigado.’’
Ditadura com eleições livres
Os políticos de topo não são parvos. Isso pode parecer surpreendente para muitos, mas eles são realmente astutos e valem cada cêntimo que recebem - mas, infelizmente, não na perspetiva do povo. Não se pode supor que todos aqueles que enchem o parlamento agem consciente e intencionalmente quando outorgam traições ostentadas. Mas os dirigentes de topo sabem muito bem o que está a acontecer e quem eles devem servir. O povo não deve nunca subestimar os seus adversários no parlamento. Esses inimigos do Estado representam os interesses dos fabricantes e distribuidores do dinheiro. Isso é facilmente detetável, nomeadamente no destino dos resgates financeiros milionários, mais uma vez, à custa do contribuinte. Mas a maioria das pessoas nem isso vê.