
Da Independência à Servidão Intelectual
10 de Março, 2025
A Necessidade de Conhecimento Histórico na Política e o Despertar do Povo Português
10 de Março, 2025Este é um dado alarmante para avaliar a verdadeira condição económica dos trabalhadores. Embora as estatísticas manipuladas pintem um quadro de aparente prosperidade, a realidade é bem diferente. Ao olharmos além da propaganda, a verdade revela-se nua e crua: a pobreza a aumentar.
Apesar do crescimento da riqueza nacional (PIB), o poder de compra dos trabalhadores diminuiu. O país enriqueceu, mas essa riqueza não se traduziu em melhores salários para a esmagadora maioria da população. As promessas de progresso não passam de palavras vazias.
“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades” e as necessidades. Muito do que outrora era visto como luxo, hoje é um bem essencial. A evolução do padrão de vida transformou despesas que antes eram consideradas supérfluas em necessidades essenciais que pesam no orçamento familiar.
Um computador pessoal, considerado um luxo nos anos 80 e 90, é agora indispensável. Entre outros, o mesmo se aplica às telecomunicações, acesso à internet e até mesmo ao carro. Aos dias de hoje a mobilidade dependente fortemente e maioritariamente do automóvel, uma realidade inevitável, pois ao contrario do que acontecia no passado, os postos de trabalho estão cada vez mais concentrados e distantes das áreas residenciais (e ainda bem).
A infraestrutura de transportes é insuficiente e debilitada – o transporte público está em colapso. Por exemplo, hoje temos menos linhas e menos km de ferrovia do que nos anos 80!
Embora alguns serviços públicos tenham melhorado em determinados períodos, a última década foi um verdadeiro desastre. Da saúde à educação, as queixas são cada vez mais frequentes e alarmantes. Portanto, não se pode justificar a imposição de mais e maiores impostos com o argumento de redistribuição de riqueza.
Ao contrário do que muitos querem fazer acreditar, os lucros não ficam apenas nas mãos das empresas – o Estado também arrecada mais do que nunca. No entanto, paradoxalmente, os serviços públicos têm deteriorado drasticamente. Apesar do Estado arrecadar recordes de impostos, falha em fornecer serviços adequados e suficientes, revelando uma incapacidade gritante para satisfazer as necessidades básicas da população.
A grande questão é: até quando? Será que a propaganda conseguirá continuar a iludir uma população que está cada vez mais alfabetizada? Talvez esteja mais endoutrinada e não mais educada? É surpreendente notar que, há 50 anos, com uma taxa de analfabetismo mais alta, o povo era mais consciente e reativo do que hoje. Hoje muitos sabem ler, mas não compreendem o que leem.
Portugal está a pagar o preço de políticas que se vende como prósperas enquanto os trabalhadores e os serviços públicos afundam na miséria. A verdade está à vista:vivemos num país onde o trabalho não paga e a promessa de progresso não passa de uma ilusão